Game of Thrones | S05E05 - Kill the boy - Comentários do Episódio

xaizard | segunda-feira, junho 29, 2015


No quinto episódio de Game of Thrones, dirigido por Jeremy –-, temos Daenerys finalmente agindo agressivamente contra os filhos da harpia, embora o Sor Barristan tivesse que morrer para isso. Aliás uma perda duríssima para o governo de Dany, o velho cavaleiro para ela era uma grande conexão dela com Westeros e com o passado de sua família. Era ele quem contava boas histórias sobre Raeghar, ou falava a verdade sobre os erros do Rei Louco Aeris. Até mesmo falava das casas de Westeros, a loucura que acontece lá e informações sobre os “cães do usurpador”. Como eu já disse na resenha do episódio anterior, R.I.P. Sor Barristan, o Ousado.

A primeira atitude de Daenerys é bem drástica, talvez levada pelo momento, pelos conselhos agressivos de Daario Naharis. Queimar o nobre das famílias de Meeren para obter respostas aproximou Daenerys do Rei Louco que queimou o pai de Eddard Stark antes da rebelião de Robert. Esse lado meio louco que com certeza Sor Barristan contestaria.

Temos ainda Verme Cinzento comentando seu medo da morte à Missandey. Essa é sem dúvida a pior parte do episódio, a parte mais incoerente. Um imaculado não sente dor, não tem sentimentos. É parte de seu treinamento matar um cão que era seu amigo desde a infância, na terceira temporada temos um imaculado sendo cortado e não movendo um músculo de dor. Estou muito certo que esse Verme não é um imaculado, e quase certo que os imaculados não existem ou são uma grande farsa.


As notícias da rainha, mãe de dragões chega até a Muralha e toca os sentimentos de Aemon Targaryen. “Um Targaryen vivendo sozinho no mundo, uma coisa terrível”, o centenário meistre deve saber muito bem do que está falando, pois ele cresceu na época que a dinastia Targaryen vivia um auge. A cena, talvez propositalmente para incendiar os fãs, foi cortada por Jon Snow que pede um conselho que ele esperava ser difícil, mas foi contornado facilmente pela sabedoria de Aemon: apenas faça. Jon não deve ter medo de suas ações, isso é coisa para garotos inexperientes, faça o que achar correto. Mate o garoto, deixe o senhor comandante agir.

A decisão de Jon foi feita, ele pretende salvar o povo livre que resta a norte da Muralha, quem melhor para convencer esse povo que Tormmund Terror dos Gigantes? Essa conversa entre Jon e Tormmund define muito bem a personalidade de Jon Snow. Confrontando o selvagem ele mostra-se destemido e até ousado, discutindo pela vida do povo livre, ele mostra-se altruísta e ao confrontar todos os irmãos negros, ele mostra-se que não importa o que os outros digam, a decisão foi feita exclusivamente por Jon e ninguém irá impedir de fazê-lo. Fazendo isso, o senhor comandante tem toda a patrulha contra ele.

Na biblioteca de Castelo Negro, Sammuell Tarly confronta com Stannis, só consigo imaginar o medo que Sam sentia no momento, e as péssimas memórias de seu pai Randyll Tarly. Um soldado que tem grande fama de ser barra pesada, casca grossa eficiente em campo de batalha. Talvez algum dia ainda o veremos, só espero que não vilanizem ele.


A ideia de Stannis é levar sua família para a batalha, mais inesperado é a mãe de Sheeren não querer comentários sobre batalhas com sua filha.

A série desce para Winterfell, onde Brienne ainda espera alguma oportunidade para salvar Sansa Stark, mas ainda é um núcleo inerte na série.

É incrível como a Sansa ainda é sonsa em cair na conversa de uma mulher que ela nunca viu na vida e atrair ela para um canil. E se a Myranda trancasse ela lá dentro? Sorte que foi só uma armadilha psicológica, mesmo assim um grande vacilo de Sansa, que aparentemente não aprendeu nada.


No fim do canil está Fedor, um rosto que Sansa não via a muito tempo, mas dessa vez muito diferente daquele Theon Greyjoy que sempre andou ao lado de Robb Stark durante toda a infância.

Neste momento o episódio inteiro passa a ter um dono: o bastardo Ramsay Snow, cuidando de assuntos antes de seu casamento, mostrando o quão cruel foi com Theon e o quão louco e inconstante ele é. Ele demonstra um humor, mas que por trás esconde o maior e mais cruel psicopata de Westeros. Com certeza ele mataria o filho da Walda Gorda como ele fez com outros bebês de Rose Bolton. Sansa olhou para ele como se tivesse uma pequena vitória ao saber da notícia da gravidez de Walda, não sabe ela que ele pode descontar essa derrota inteira nela.


Para contrapor o episódio passado com Stannis declarando amor a Sheeren, temos seu inimigo Roose Bolton declarando “amor” a seu filho Ramsay, cenas com peso parecido, mas um ar diferente.

Finalmente chegamos nas ruínas de Valíria através de Tyrion e Jorah. A grande civilização Valiriana que dominava praticamente todo o continente de Essos foi destruída em apenas poucos dias num evento chamado “A perdição.” Valíria era para o continente, o que o império Romano foi para a europa um dia. Jorah navega pelo Mar Fumegante que banhava a capital Valiriana. “Quanto tempo levaremos para construirmos uma cidade como essa?” Esse pensamento de Tyrion define o quão avançada era a civilização.

Uma parte interessante da história de Westeros foi contada em uma cena de 20 minutos da melhor maneira possível, ponto para a temporada. Ah e ainda temos a reação de Tyrion ao ver pela primeira vez um dragão, um sonho de infância realizado. Já dizia ele a Jon, “Sonhava em montar em um destes dragões e queimar meu pai vivo.” [A guerra dos tronos, Tyrion].


A cena é interrompida com uma música tensa, os homens de pedra explicado por Stannis no episódio 4 aparecem de súbito. Eles sobreviveram ao maior estágio da Escamagris, a mesma doença de Sheeren e foram mandados para o Mar Fumegante passar o resto de suas vidas para que não contaminem mais ninguém. Apenas o toque é suficiente para haver a contaminação, como Jorah pôde atestar, agora o urso tem pouco tempo de vida para reconquistar Daenerys e quem sabe colocá-la no Trono de Ferro.

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