Análise - "Transistor" | A união de jogabilidade e arte audiovisual

Unknown | sexta-feira, março 06, 2015

Transistor2

Os criadores de Bastion deixaram o mundo medieval para trazer o futurista Transistor, um RPG de ação com uma trama cinematográfica que fisga o jogador do início ao fim e uma trilha sonora impecável.

O jogo conta a história de Red, uma cantora prestigiada que perdeu a voz após um atentado no momento de seu show. No acontecimento, o protetor de Red foi apunhalado pela espada Transistor na tentativa de salvar a moça, agora sua consciência está dentro da espada e Red irá usá-la para descobrir o que está por trás de tudo isso.

A história é revelada aos poucos ao jogador, é preciso prestar bem atenção aos detalhes, o estúdio usa tanto os diálogos quanto elementos visuais dentro do cenário para contá-la. Não exagero quando falo que é uma trama cinematográfica, a história é bem redonda com início, meio e fim, uma trajetória pequena — comparado a Final Fantasy por exemplo — e que se encaixa muito bem a um roteiro de um filme.

A jogabilidade caminha junto com a qualidade alta do jogo, a personagem adquire novas habilidades quando ganha níveis, estas habilidades têm características ativas, passivas ou de suporte para outras, é o jogador quem decide como usá-las o que acaba criando um grande leque de possibilidades — é preciso organizar o consumo de memória que as habilidades consomem da Transistor. O jogador pode agir em tempo real, mas há um recurso em que você para o tempo e pode planejar suas ações seguintes, com limites obviamente.

A dificuldade é determinada pelo jogador também, há um sistema de limitadores como aumentar o dano dos inimigos, a resistência deles, entre outros, que são escolhidas pelo usuário. Elas concedem bônus de experiência, mas aumentam a dificuldade do jogo. Um sistema de recompensa bem justo. Você pode jogar ao nível Dark Souls e receber muita experiência ou nível Skyrim (treta?) e receber pouca.

A trilha sonora do jogo é daquelas que você vai querer colocar no seu celular e ouvir em qualquer lugar. O fato da protagonista ser uma cantora fez com que a trilha sonora seja um elemento vivo dentro a do jogo. O artista musical Darren Korb, que também compôs a trilha de Bastion, fez 25 músicas ambientadas no tema sci-fi, o CD do jogo pode ser comprado na página da Supergiant Games.

Transistor

É uma experiência visual que vale a pena, Transistor é um dos tesouros que a comunidade Indie pode nos trazer, altamente recomendável.


COMPARTILHE:

TAGS
, , , , , , , , ,

0 comentários